A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) entra na
história como o primeiro campo de pesquisa de arte rupestre da América
do Sul. Essa condição foi apontada pelo arqueólogo australiano, Robert
Bednarik, que visitou laboratórios no Campus Central e sítios da região.
O
primeiro trabalho de datação na América do Sul foi realizado na
microrregião de Angicos. Foram visitados os sítios da Descoberta
(Fernando Pedroza); Serra do Papagaio III (Santana do Matos), Santa Cruz
de Angicos (Angicos), Açude das Flores (Afonso Bezerra), Fazenda Pedra
Pintada (Caraúbas) e Serrote do Urubu (Pedro Avelino).
Robert Bednarik é um dos maiores estudiosos de desenhos, pinturas e
inscrições realizadas pelo homem pré-histórico do mundo (arte rupestre) e
de arte portátil paleolítico na era do gelo. O pesquisador veio a
convite da Uern para acompanhar de perto o trabalho do professor
Valdecir Santos, do Departamento de História, que já tem catalogados 326
sítios no Rio Grande do Norte.
Acompanhado do tradutor e
professor Raoni Vale Santarém, da Universidade Federal do Oeste do Pará,
Robert Bednarik elogiou o trabalho que é desenvolvido na UERN,
apontando o professor Valdecir como um pesquisador “extremamente
gabaritado”.
“Estou muito agradecido pela oportunidade de conhecer
a arte rupestre do Rio Grande do Norte e de trabalhar com um professor
de alto nível”, afirmou, se referindo ao professor da Uern.
Em
visita ao reitor em exercício, Aldo Gondim, o arqueólogo disse que a
Uern está no caminho importante da investigação científica de arte
rupestre. O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, João Maria Soares,
também participou da reunião, ocasião em que fez diversos
questionamentos a respeito da tecnologia e outras ferramentas no estudo
da arte rupestre.
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